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A Idade não ajuda

Há quem diga que com a idade que as ideias vão ao sítio... Tem me surgido casos de que é bem o contrário.
O sentido de responsabilidade não se adquire com a idade, mas sim, torna-se num estado de espírito. Mas nem sempre esta responsabilidade se aplica a todos os sentidos da nossa vida.

Quantas vezes não apetece fazer asneiras, e voltar a fazer coisas que se faziam anos antes? A mim acontece-me montes de vezes. Umas vezes consigo, outra raciocino antes de concretizar (prefiro a primeira).

Talvez os últimos acontecimentos da minha vida me tenho feito pensar sobre isto, é verdade, mas é tão bom errar e saber que se está a errar. Mas errar com pés e cabeça, só numa de sensação de aventura, apenas.

Consequências? Quem pensa nisso quando se está a divertir? Ninguém.
E no dia a seguir? As vezes pesa na consciência, mas depressa passa.

Contudo, temos de ter em conta se esses erros não influenciam a nossa vida profissional, sim estava a falar noutros campos.

Ao nível profissional temos de saber quando existe tempo para umas calinadas saudáveis, e então pratica-las. Neste sentido, tendo a errar quando o meu trabalho se encontra bem encaminhado, sem pontos abertos ou fendas a abrir. Isso não pode nunca ser prejudicado.

Em tom de desabafo, e de ironia, digo - erro, erro a cada momento que passo, quando volto a errar e compreendo o que fiz, apetece-me voltar a faze-lo, mas nem sempre existe oportunidade.

Como frase de post, aqui fica...

Errem muito, mas tenham gozo quando o fizerem...

Comentários

  1. Viva, viva!
    A idade, como a falta dela, não serve absolutamente para nada. E, se servisse, se fosse indicativa de qualidade ou ausência dela, por exemplo, os artistas, sobretudo os pintores, quando assinassem os seus quadros, anexariam-na à sua marca pessoal, do género, Miguel Ângelo, 49 anos. O que conta é ser-se pessoa, independentemente da idade, principalmente na escrita, em que ela nunca poderá ser sinónimo de maturidade e estilo, visto haver muito bons escritos de escritores agora velhos, mas gizados na sua juventude, e escritos péssimos de óptimos escritores actuais, que na sua juventude, não davam uma prá caixa ou acertavam sempre na palavra ao lado daquela que queriam dizer. E dizes bem quando “aconselhas” ao erro… É essa a melhor forma de evoluir. Se depois não ficarmos por ali, e formos rever o texto, tratando-o como se não fosse nosso.
    Obrigado pela tua página/blogue e pelas questões que vai levantando. São uma lufada de frescura nestas mornas e paradas águas da literatice portuguesa!

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  2. Muito Obrigado pelo post...

    E após a leitura do mesmo, apenas penso, que se aquilo que eu considero devaneios, ideais sem lógica, mas que sabem bem serem escritas (neste caso), e existe quem se sinta confortável ao lê-las, quer dizer que o que inicialmente era um desabafo, tomou uma lógica.

    Escreverei mais vezes, apesar de andar um pouco desligada nos últimos tempos (falta de inspiração talvez)...

    ResponderEliminar

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