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Insónia

Não sei que se passa comigo, mas ultimamente não consigo dormir (nem mesmo com comprimidos para tal). Há quem lhe chame insónias, e quem diga que têm diversos pontos de origem. Não faço ideia, apenas gostava de dormir.
Alguém me disse que a melhor coisa é o exercício físico, a conversa. Tudo aquilo que já não faço à um tempo.
De dia para dia tenho mais a sensação de precisar de falar com alguém, mas cada vez menos encontro alguém com quem fazê-lo.

Tenho uma estúpida sensação de estar perdida, de não saber o meu caminho. E estupidamente isolei-me agora para terminar a tese... Começa a deixar de render.
Neste momento apetece-me fazer a mala e ir para casa dos meus pais (para o aconchego do lar)... Mas não será a melhor hora para aparecer em casa, possivelmente eles irão-se assustar.

Nesta altura do campeonato, tudo o que for escrito vai ser um pouco devaneio, loucura mesmo.
Há quem pergunte, se tenho vontade de escrever, porque nao vou escrever a tese. Falta de inspiração intelectual. Apenas saem umas frases estranhas, nada mais.
 Aborreço-vos com questões:
o que fazem quando não tem sono?
 Se alguém me puder apresentar uma resposta ao que hei-de fazer... Força nisso. sugestões aceitam-se.

E já agora, sejam felizes

nota: agora que cheguei ao fim do texto, não me lembro de nada que escrevi antes, ao mesmo tempo que o computador parece quer fugir e eu a ter dificuldades em manter a cabeça em pe... Acho que é isto

Comentários

  1. Priminha!! O meu livrinho de cabeceira tem um parágrafo que diz assim:

    "Com o cume na agenda, levantámo-nos no dia seguinte e tomámos um pequeno-almoço reforçado. Em vez de nos ficarmos pelo chá e bolachas, comemos também queijo, fiambre, bolos. E partimos. Não chegámos a utilizar o campo III, decidimos fazer a subida directamente do campo II até ao cume. Passámos pelo local do campo III ao fim de três horas. E pelas 23 horas chegámos lá acima. Depois de algumas voltas.

    Tivemos um problema de orientação na parte final da ascenção. Basicamente, perdemo-nos. Nós estávamos a fazer a ascenção com uma carta de 1/250 mil, sem detalhe nenhum. De modo que demos uma volta um bocadinho mais larga, subimos um maciço ao lado e depois é que nos apercebemos: «Não, aquele é que é o Vinson.» Voltámos a descer a um outro glaciar e subimos depois uma aresta final.

    Lá em cima está uma garrafa, com um livrinho dentro, onde assinam todos os que fazem cume."

    dixit João Garcia in "Mais Além"

    Beijinhos!

    ResponderEliminar
  2. Primo, só agora vi o teu comentário (inexperiência minha nisto dos blogs).

    Bigado Pelo comentário.

    E vendo o autor que citas-te, esperemos que, quando atingido o cume, passando ou não por todos os campos, que a avalanche que não surgiu no sopé, não faça cair do topo, porque ai, poucos terão onde se agarrar.

    Pode não passar dos devaneios da tua priminha mais nova, mas descobri uma coisa aqui à uns tempos - o mais fácil é subir a montanha, mas nem sempre encontramos o caminho de volta, e quando reparamos é tarde de mais para voltar a trás ;)
    Beijinho gande e Bigado pelas palavras :D

    ResponderEliminar

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