Os últimos acontecimento da minha vida têm-me feito
valorizar coisas e pessoas, que à uns tempos atrás desprezaria.
Amizades de anos foram trocadas por meras mesquinhices, e
amizades de ontem tornaram-se grandes, enormes, insubstituíveis. Aos amigos de
outrora, agora aparentemente estranhos, apenas posso dizer que o vosso espaço
continua igual para mim. Aos amigos de hoje, agradeço a presença, as palavras,
mas acima de tudo a amizade. Poucos serão os que vão ter conhecimento deste
texto, mas não me importo, são só palavras.
Mas aos amigos de sempre e do presente, aqueles que cá
continuam, muito agradecida por me fazerem sentir uma pessoa bonita, porque vocês
são lindos.
Quando um amigo de ontem me pede para abdicar de um amigo de
hoje, sem me apresentar justificações lógicas, peço desculpa, fico com o amigo
de hoje, porque dos de ontem já levei muita chapada, e os de hoje têm-me
ensinado a viver.
A dias de partir (mais uma vez com a vida adiada e sem
certezas de nada), apetecia-me abraçar todos os amigos de ontem, e enterrar
histórias sem interesse. Mas foram eles que me enterraram nas suas vidas. Tenho
pena, muita pena, porque considero e considerarei sempre como meus amigos, mas
a escolha já não é minha.
Para com esses meus amigos tenho o mesmo sentimento que
tenho para com o meu avò: não me despedi, e não me quero despedir. Estarão sempre
presentes, sem perceber porque. Talvez porque fazem parte da minha história.
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