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Intensidade dos tempos…

Tanto tempo depois, relembro um texto que escrevi uma vez sobre a passividade do Povo português, em comparação com outros países que saem a rua e lutam pelos seus direitos. Pois bem, e não seguindo o caminho da grande parte dos bloggers e críticos deste país, não vou falar sobre a actual crise do nosso país, vou apenas dar um exemplo, de aluem que eu conheço, que deixou a típica passividade portuguesa intrometer-se na sua vida futura.

Numa sociedade que incentiva a continuidade dos estudos, vi uma pessoa próxima perder a oportunidade de continuar, por um simples “sentar de pensamentos” pessoas alheias a si, mas directamente coexistentes com o seu trabalho.

Ao se calar, viu aquilo que poderia ser uma oportunidade futura, passar a ser um sonho passado, e nada fez. Não reclamou o que era seu de direito. Não fez ouvir a sua opinião sobre a situação em que se estava a ver envolvida. Não deu voz a um processo que é tão comum nos nossos dias. Viu a sua vida decidida por outros e nem foi capaz de dizer “NÃO, NÃO É ISTO QUE QUERO PARA MIM”.

Conclusão: sentem hoje frustradas por não ter ido mais além, e de se ver agora cingida ao ambiente permanentemente indicado pelos seus pais.

Quero com isto dizer, que não é só em questões politicas que o português é um “banana”, um “deixa estar” do pior, que mesmo que seja prejudicado fica na sua.

A nossa justiça não é a melhor, de longe, mas também não é tão má como a pintam, porque apesar de termos leis que contradizem outras leis, também é verdade que é através dessas mesmas leis que nos podemos fazer ouvir, mas como é tão mais fácil ficar sentado, e pensar “vai-se resolver”, enquanto assim for, nada poderá ser feito pelo avanço de uma sociedade que tem tudo para ser das melhores da Europa.

Afinal temos tudo para ser um Povo feliz, e deixamos que uns certos bananas, que usaram o que não era deles por direito, tivessem deixado todos os outros a mercê de tubarões europeus, que apenas pretendem “ajudar”, porque o que terão em troca é muito superior aquilo que vão “ajudar”.

Mas sem eles neste momento, não passamos de um submarino sem combustível – já estamos debaixo de água, prontinhos prontinhos a não voltar o de cima, sem ser com a ajuda de um guindaste.

Frase de despedida:

Demora muitos anos a encontrar um submarino que nunca chegou ao seu porto, porque alguém lhe cortou o fio condutor de sonhos…

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